Energias solar e eólica na China vão superar a do carvão em 2024

Imagem gerada por AI de uma usina a carvão fazendo parte do mesmo cenário em que há turbinas eólicas e placas solares para ilustrar post cujo título diz que as energias solar e eólica na China vão superar a do carvão em 2024.
A China deve construir aproximadamente 1.300 GW de capacidade solar e eólica até 2030. Créditos: DALL-E3/Bishnu Sarangi/Pixabay. Editada por Sustenare.

A China é a líder mundial em energia renovável e na produção de carvão, mas a capacidade instalada das energias solar e eólica deve superar a do carvão no país pela primeira vez em 2024, disse a associação industrial China Electricity Council (CEC) em seu relatório anual Mining.com.

De acordo com esse relatório, até o final deste ano, a solar e a eólica fornecerão aproximadamente 40% da capacidade instalada, enquanto que o carvão representará 37%.

A energia limpa contribuiu com um recorde de 11,4 trilhões de yuans (US$ 1.6 trilhão) para a economia da China em 2023, respondendo por todo o crescimento do investimento e uma parcela maior do crescimento econômico do que qualquer outro setor”, disse uma análise recente da Carbon Brief.

No final do ano passado, a solar e a eólica representaram em torno de 36% da capacidade energética da China, com o carvão pouco abaixo de 40%, informou a Reuters.

“Se os interesses do carvão não conseguirem impedir a expansão da capacidade eólica e solar da China, o crescimento de energia de baixo carbono seria suficiente para cobrir a crescente demanda de eletricidade para além de 2024. Isso empurraria o uso de combustíveis fósseis – e suas emissões – para um período prolongado de declínio estrutural”, explicou a Carbon Brief anteriormente.

Até o final do ano, a CEC prevê que a China terá construído aproximadamente 1.300 gigawatts (GW) de capacidade solar e eólica, excedendo sua meta oficial de 1.200 GW até 2030, informou o The Business Times.

“Pela primeira vez, a taxa de expansão de energia de baixo carbono agora é suficiente para não apenas atender, mas em geral exceder o aumento médio anual da demanda de eletricidade da China”, disse anteriormente a Carbon Brief. “Além disso, adições recordes de implantação de energia de baixo carbono foram acompanhadas por uma rápida expansão na capacidade de fabricação relacionada.”

A CEC acrescentou que no ano passado todas as fontes renováveis de eletricidade da China – incluindo hidrelétrica e nuclear – representaram pela primeira vez mais da metade da capacidade total, informou o The Business Times.

O consumo de eletricidade no país deverá aumentar seis por cento em 2024, disse a CEC, abaixo dos 6,7 por cento do ano passado.

A China também viu sua produção de veículos elétricos (EV) crescer 36%, ano após ano, para 9,6 milhões de unidades em 2023. Os veículos elétricos agora representam 32% de todos os veículos fabricados no país, de acordo com a nova análise da Carbon Brief.

“A importância crescente dessas novas indústrias confere à China uma participação econômica significativa na transição global para tecnologias de energia limpa. No entanto, também levanta questões para os formuladores de políticas no exterior que tentam vincular suas próprias estratégias climáticas ao crescimento industrial doméstico”, disse a Carbon Brief.

Artigo original (em inglês) publicado por Cristen Hemingway Jaynes na EcoWatch.

Sobre a autora
Cristen Hemingway Jaynes é uma escritora de ficção e não ficção. Ela possui diploma Juris Doctor e Certificado de Direito Oceânico e Costeiro pela Universidade do Oregon, além de mestrado em Escrita Criativa pela Universidade de Londres. Cristen é a autora da coleção de contos The Smallest of Entryways e da biografia de viagem Ernest’s Way: An International Journey Through Hemingway’s Life.

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