Habilidades para conseguir um green job do futuro

Green Jobs são empregos voltados para os campos da sustentabilidade e energia renovável. Dessa forma, os aqui chamados de “talentos verdes” são trabalhadores que têm habilidades nestas áreas ou que já estão trabalhando nelas. A participação de talentos verdes na força de trabalho aumentou mais de 38% desde 2015. Essa é uma das conclusões de um relatório intitulado LinkedIn Global Green Skills Report 2022. A maioria das habilidades para conseguir um green job do futuro está sendo empregada em trabalhos que você nem esperava que fosse o caso, tais quais profissionais da saúde, gerentes de construção, representantes de vendas técnicas, gerentes de frota e cientistas de dados.

 “Esperamos ver milhões de novos empregos criados globalmente na próxima década, impulsionados por novas políticas e compromissos climáticos”, diz Ryan Roslansky, executivo-chefe do LinkedIn.

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Por exemplo, o número de empregos em energias renováveis ​​e meio ambiente nos Estados Unidos aumentou 237% nos últimos cinco anos. Por outro lado, os empregos nas áreas de petróleo e gás cresceram apenas 19%.

Profissionais em todos os níveis educacionais estão desenvolvendo suas habilidades sustentáveis. Porém, globalmente, a taxa é mais rápida entre aqueles que possuem bacharelado ou níveis mais altos. A participação de talentos verdes cresceu em média 11% ao ano entre 2015 e 2021, em comparação com 9% para trabalhadores com outras habilidades.

Habilidades sustentáveis em demanda

O LinkedIn alerta que a demanda por talentos verdes está superando a oferta e pede ações para reciclar e aprimorar suas qualificações.

Enquanto as publicações ofertando empregos verdes cresceram 8% ao ano durante os últimos cinco anos, a parcela da mão de obra com tais qualificações cresceu por volta de 6% ao ano no mesmo período.

Os empreendedores estão impulsionando habilidades sustentáveis globalmente, diz o LinkedIn.

No Brasil, por exemplo, 20% das startups têm trabalhadores com habilidades verdes – fatia que se encontra acima da média global de 18%. E na Índia, dois em cada 100 empreendedores são “altamente qualificados em áreas ligadas à sustentabilidade”. Isso se deve em parte às melhores escolas de negócios que oferecem programas de Mestrado em Administração de Empresas (MBA) para carreiras nestas áreas.

Prepare-se para os empregos verdes

Uma série de ações sugeridas para formuladores de políticas, empresas e a força de trabalho global inclui garantir que as novas políticas se concentrem no desenvolvimento de habilidades sustentáveis que seja equitativa em todos os grupos.

As empresas devem apoiar a requalificação dos colaboradores para que tenham habilidades exigidas pela área da sustentabilidade, investindo na formação da força de trabalho, cursos de aprendizagem e programas locais. Os trabalhadores devem considerar uma carreira nestas áreas com o objetivo de melhorar sua empregabilidade futura e que lhes permita aprimorar suas habilidades regularmente.

Em um relatório do ano passado, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente disse ser fundamental o desenvolvimento de uma força de trabalho adequadamente qualificada para uma economia verde.

Seu guia digital sobre escolhas de carreiras sustentáveis ​​para jovens – GEO-6 for Youth – sugere que habilidades em ciência, arquitetura, planejamento, agricultura e justiça ambiental estão entre aquelas que serão necessárias na economia de baixo carbono.

O futuro dos empregos

Em seu Relatório sobre o Futuro do Emprego 2020, o Fórum Econômico Mundial também conclui que lacunas de habilidades continuarão altas até 2025 enquanto acontecem as mudanças nas habilidades que são demandadas em todos os empregos voltados para a sustentabilidade. Habilidades de pensamento crítico, resolução de problemas e autogestão, como resiliência, estarão entre as mais procuradas, segundo o Fórum.

As empresas presentes no relatório acreditam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação por um período de até seis meses. E 94% dos líderes empresariais esperam que seus colaboradores adquiram novas habilidades no trabalho – um grande salto em relação aos 65% de 2018.

Artigo original (em inglês) publicado por Victoria Masterson no Fórum Econômico Mundial–WEF.

Sobre a autora
Victoria Masterson é Escritora Sênior, Forum Agenda.