Câmera fotográfica usa energia do som em vez de bateria

Imagem com dois cientistas ilustrando que câmera fotográfica usa energia do som em vez de bateria. Foto: Adam Glanzman
Para fins de teste, a câmera foi alimentada por ondas sonoras enviadas de um projetor acústico – tal configuração também pode ser usada em alguns cenários do mundo real | Adam Glanzman

Apesar das câmeras subaquáticas serem ótimas para monitorar a vida marinha, carregá-las e recuperar suas fotos podem representar tarefas desafiadoras. É aí que entra uma nova câmera projetada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Para funcionar, ela não depende de uma bateria ou de um cabo de alimentação conectado à tomada. Além de ela ser capaz de transmitir suas fotos pela água via tecnologia wireless (sem o uso de fio), ao incorporar uma série de transdutores localizados em seu exterior, a câmera fotográfica usa energia do som em vez de bateria para ser carregada.

Quando as ondas sonoras de fontes como animais ou embarcações atingem um dos transdutores, a pressão exercida por essas ondas faz com que materiais especiais dentro do transdutor vibrem. Como esses materiais são piezoelétricos, eles produzem uma corrente elétrica em resposta à ação vibratória. Uma vez que a energia suficiente tenha sido produzida dessa maneira e armazenada em um super capacitor, ela consegue registrar uma foto.

Sensores de imagem de ultra baixa potência são usados com o propósito de manter os requisitos de energia para essa tarefa os mais baixos possíveis​​. No entanto, Infelizmente esses sensores capturam apenas imagens em tons de cinza.

Uma maneira para contornar tal limitação, cada foto na verdade consiste em três exposições separadas – uma é tirada com LEDs vermelhos para iluminação, a outra é tirada com LEDs verdes e uma terceira foto é tirada com LEDs azuis.

Embora cada exposição pareça ser em preto e branco, ela mostra como o objeto reflete a luz no comprimento de onda vermelho, verde ou azul. Dessa forma, quando todas as três imagens são posteriormente analisadas e combinadas, é possível formar uma foto colorida composta.

Para que essa foto digital seja transmitida sem fio (via codificação binária nas formas de 1 e 0), um transceptor localizado na superfície transmite sinais rápidos de ondas sonoras através da água para a câmera. Um módulo na câmera responde refletindo o sinal de volta para o transceptor (indicando que é 1), ou absorvendo o sinal (indicando que é 0). Portanto, acompanhando quais sinais são refletidos de volta para o transceptor e quais não são, é possível que um computador na superfície grave padrões de 1 e 0 para representar a foto.

Para fins de teste, a câmera foi alimentada por ondas sonoras enviadas de um projetor acústico – tal configuração também pode ser usada em alguns cenários do mundo real | Adam Glanzman

Até agora, a tecnologia tem um alcance subaquático máximo de 40 metros e foi usada com sucesso para tarefas como documentar o crescimento de uma planta subaquática ao longo de uma semana. A equipe do MIT agora espera aumentar o alcance e a memória da câmera, na medida em que possa transmitir imagens em tempo real e até gravar vídeo com movimento total.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado recentemente no renomado periódico científico Nature Communications.

As imagens tiradas com a câmera podem ser vistas no vídeo (em inglês) a seguir.

Câmera fotográfica usa energia do som em vez de bateria

Fonte: MIT

Artigo original (em inglês) publicado por Ben Coxworth, na New Atlas.

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Outro artigo publicado pela Sustenare sobre câmera que usa energia renovável.
Câmera externa de vigilância com painel solar e bateria interna.

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